O início… Me Ditar
O Projecto Me Ditar começa a ganhar forma timidamente no meio do “deserto emocional” humano que se revela um colecionador de estilos emocionais negativos.
Nascer implica um processo imediato de assimilação do meio, para que o Ser possa “encontrar” recursos de sobrevivência no decorrer da sua viagem pelo espaço e tempo, assimilar através dos seus sentidos, para imitar, modelar e numa lógica/ilógica viver com um DITAR constante quase que sublime e amplamente aceite por gerações… quando recebemos as pessoas no consultório, e decidimos fazer da empatia a primeira ferramenta, damos conta de imensos bloqueios causados pela pressão contida em cada contacto com as emoções primárias e suas nuances encouraçadas que por alguma razão (“raiz”)não foram entendidas ou processadas e libertas de forma saudável e permaneceram no corpo em estado tóxico.
Após a conclusão da licenciatura em psicologia clínica, e com o conhecimento de outras matérias de desenvolvimento pessoal, damos conta de que a solução para um caso de depressão, nunca é igual, que as ferramentas que aplicamos em um indivíduo não vão ter a mesma dinâmica positiva esperada. Damos conta que cada Ser Humano é um Universo único e fascinante, e que deve ser acompanhado de forma amorosa e personalizada, e para isso sente-se a necessidade de aprofundar o lugar de onde vem, que caminhos tem feito, que contextos vivenciou, qual a história possível de saber e sentir em relação á sua ancestralidade…
A Cura passa por um trabalho a dois, o terapeuta/paciente, juntos, numa dança íntima de respeito, cumplicidade e acima de tudo na pista da confiança, pois a confiança é sem dúvida a base estabelecida para um caminhar seguro por parte de quem se viu muitas vezes sem um “porto” seguro.
Surgem, durante a prática clínica, muitas situações quase que a tocar um “imaginário”, ou uma “utopia” e que na verdade aguçaram o desafio para buscar soluções mais além. Muitas vezes os desafios para desfechos com êxito tocavam a dúvida de um estado quase que “naive” que em terapia poderiam tocar a fronteira do sobrenatural.
Na busca de ajuda junto a outros colegas, para entender e/ou almejar certezas muitas vezes foram sugeridas práticas de Meditação (valiosas) mas que deixavam a sugestão de que faltava algo, no entanto aquela palavra tinha uma espécie de pedra filosofal quando era pronunciada, MEDITAR!
Todos estes contextos conduziram a dúvidas, hipóteses, variáveis e por fim á expressão, “isto não é a psicologia by the book”, decididos novos desafios, e com algumas viagens que permitiram fazer pontes entre as culturas e as emoções vividas como ponto de partida para o paradigma hoje muito respeitado, da importância dos sintomas como indicador de “más escolhas constantes” face ao privilégio do Ser Humano ser dotado de Livre Arbítrio, por sua vez esses sintomas não “olhados” e tratados acarretam o expoente máximo a que chamamos doenças crónicas e incuráveis por vezes.